Perspectiva para investimentos em infraestrutura no Brasil é positiva

André Clark Juliano, diretor presidente da Acciona no Brasil destacou, durante evento promovido pela ABDIB “Soluções para a Expansão da Infraestrutura no Brasil”, seu otimismo e confiança no País

Apesar do momento de transição política e econômica que o País está atravessando, a perspectiva para os investimentos em infraestrutura no Brasil a partir de 2017 é bastante positiva. Esta foi a avaliação de Andre Clark Juliano, diretor presidente da Acciona no Brasil – uma das principais empresas espanholas, líder global em promoção, desenvolvimento e gestão de infraestruturas, água, serviços e energia renovável -, apresentada dia 21/10, durante o evento “Soluções para a Expansão da Infraestrutura no Brasil”, promovido e realizado em São Paulo, pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), e pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (AmCham).

Clark foi o moderador do painel “Agências Reguladoras, Licenciamento Ambiental e Desapropriações: Caminhos para Aumentar a Previsibilidade nos Investimentos e no Gerenciamento dos Contratos”, que contou com as participações do Secretário de Fomento para Ações de Transportes do Governo Federal, Dino Antunes Batista, da Diretora de Licenciamento Ambiental do Ibama, Rose Hofmann, do Diretor Geral da ANEEL, Romeu Donizete Rufino, do Diretor Geral da ANTT, Jorge Luiz Macedo Bastos, além dos presidentes das empresas CCR, Renato Vale, e da Neoenergia, Solange Pinto Ribeiro.

“O Brasil atravessa uma fase de transição, e eu vejo este processo com profundo otimismo. O País tem grande capacidade de reunir profissionais, tanto do setor público, quanto do privado, que assumam papéis críticos e enfrentem a dificuldade deste momento, garantindo uma melhora futura”, afirmou Clark, ao iniciar o debate. Para ele, o momento pede que os empresários se organizem de forma rigorosa, no sentido de defenderem agendas horizontais na interlocução com o Estado, para que os investimentos caminhem em harmonia na esfera pública e privada. “O grande desafio é encontrarmos o equilíbrio nesta relação entre governo e empresas”, ponderou.

Como diretor e membro do comitê consultivo da ABDIB, Clark afirmou que a Acciona, dona de uma concessão de rodovia há oito anos e de uma obra de saneamento há dois, encontrou no Brasil uma perspectiva positiva fundamental, e vê positivamente iniciativas do Governo Federal, como o Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), que pretende destinar 34 projetos de infraestrutura à concessão da iniciativa privada.

“Estamos otimistas, uma vez que o Estado decide colocar no centro da discussão o investidor de infraestrutura, aquele que procura uma alocação de longo prazo, geralmente os fundos de pensão e soberanos, e em suma, o cidadão. A infraestrutura está no centro da questão da cidadania, e alavancar investimentos para este setor é melhorar a prestação de serviços para o cidadão, além de impulsionar a geração de empregos”, acrescentou.

Para que os investimentos em infraestrutura aconteçam e tenham bons resultados, é importante que algumas questões sejam equacionadas ou aperfeiçoadas. No painel coordenado por Clark, os participantes apontaram questões como a necessidade de previsibilidade jurídica e de cumprimento dos contratos, com a certeza de que as novas concessões serão entregues e de que o risco está sob controle; a estabilidade regulatória – o que inclui a separação do papel dos tribunais daquele dos órgãos reguladores, em um cenário no qual a intervenção dos tribunais tem gerado insegurança -, e o aperfeiçoamento da legislação ambiental – seja com a aprovação da nova lei de licenciamento ambiental, que está em tramitação o Congresso e já recebeu inúmeros substitutivos, como da melhoria nos processos de concessão de licenças, o que passa pela maior integração entre as diversas instâncias governamentais e a maior celeridade de licenciamentos na segunda etapa.

“Estas são questões que estão avançando, com revisão de processos e da legislação, e que darão mais segurança aos investidores, em um cenário positivo para a infraestrutura no Brasil”,concluiu Clark.

Sobre a Acciona

A ACCIONA iniciou atividades por volta de 1860, com a construção das primeiras ferrovias da Espanha. É uma das líderes mundiais no desenvolvimento da infraestrutura privada do mundo, com um portfólio de € 11 bilhões, presente em 30 países e um quadro de 33 mil funcionários. Em 2015, seu resultado de vendas atingiu € 6,544 bilhões, com um crescimento de 7% em relação ao exercício anterior, e seu EBITDA foi de € 1,174 bilhão. Nos últimos cinco anos, entre 2010 e 2015, investiu € 876,4 milhões em inovação.

 Compromisso com a sustentabilidade

A missão da ACCIONA é contribuir para o bem-estar social, o desenvolvimento sustentável e a geração de valor para as sociedades em que atua. Sua estratégia está centrada no crescimento econômico, no equilíbrio e no progresso ambiental e social.

Sua política, nessa área, está estruturada em quatro pilares: sustentabilidade e inovação, boa governança (com políticas anticorrupção, antitruste, gestão de riscos e qualidade), social (direitos humanos, RH, prevenção de riscos laborais e ação social) e ambiental (meio ambiente biodiversidade e luta contra as mudanças climáticas).

A luta contra as alterações climáticas está dentro das prioridades estratégicas da ACCIONA. Para atenuar os seus efeitos, a Acciona vai investir US$ 2,5 bilhões em energias renováveis nos próximos cinco anos. Neste ano de 2016, através de seu novo Plano Diretor de Sustentabilidade – PDS 2020, a companhia assumiu entre os desafios, ser neutra em carbono em todas as suas atividades globais. Trata-se de reduzir ao mínimo as emissões de CO2 associadas às suas operações e compensá-las através de sua própria atividade ou a aquisição de certificados de CO2. Em 2015, por exemplo, a empresa evitou emissões de 17,2 milhões de toneladas de C02.

Sua Política de Sustentabilidade é reconhecida por sua inclusão em reputados índices de sustentabilidade, como Dow Jones Sustainability (DJSI World), FTSE4Good, MSCI Global Climate Index, CDP Climate Performance Leadership Index 2014, CDP Iberia 125 Climate Disclosure Leadership Index 2014 y CDP Supplier Climate Performance Leadership Index. 

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